Angelo Poletto Mendes/Redação JC

Enquanto aguardam pelo avanço do projeto de transformação de fração do antigo campo de pouso do bairro no denominado Parque Cultural do Campeche (Pacuca), moradores da região já podem desfrutar de uma nova opção de lazer junto à natureza, com a iminente conclusão das obras de revitalização da Lagoa da Chica. A pequena unidade lacustre do Sul da Ilha sofreu uma completa remodelação de seu entorno, ganhando calçadão, deques, bancos, parque infantil, academia e outras benfeitorias, atraindo muitos visitantes nos finais de semana.
Embora já tenha mudado radicalmente o status do local, a revitalização ainda não está concluída, restando uma série de pendências envolvendo os equipamentos instalados, além da etapa mais importante da obra, que é o desassoreamento da Lagoa da Chica, restabelecendo seu espelho d’água, completamente oculto pela vegetação. Contratada pela Associação dos Moradores do Jardim Eucaliptos (Amoje), a revitalização da Chica tem prazo até meados de abril para conclusão integral.
O presidente da entidade, João Carlos da Silva, acredita, contudo, que será necessário um aditivo contratual de prazo para conclusão da obra, devido à demora na obtenção da licença ambiental para intervenção na lagoa. Segundo ele, a Fatma estaria exigindo que a limpeza contemple até dois metros e meio de profundidade no centro da lagoa, para impedir que o sol bata no fundo e retroalimente a vegetação. “Quando eles voltarem para fazer a limpeza da lagoa, já devem fazer os reparos que faltam, que são coisas pequenas”, comentou.
Moradora da Corticeiras, vizinha à Lagoa da Chica, a dona de casa Áurea Borges disse que a revitalização valorizou muito o local. “Ficou muito bom; as crianças vêm brincar no parque, as pessoas caminham à noite, isso aqui mudou muito”, comentou. A moradora alerta, no entanto, que a ausência de cerca de proteção no parque infantil, que fica muito próximo a uma curva, preocupa os moradores. “Já pedi ao Lela (vereador Vanderlei Farias) para fazer essa cerca, porque assim está muito perigoso”, observou.
Antiga reivindicação da comunidade local, a revitalização da Lagoa da Chica foi viabilizada através da destinação de recursos de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado entre Fatma e Celesc, como penalização pelo vazamento de óleo ocorrido há pouco mais de dois anos numa subestação desativada, na Tapera. Silva explica que o custo total da obra, em torno de R$ 850 mil, é repassado pela Celesc à associação de moradores, a cada medição de trabalhos executados. As obras abrangem uma área total de 14 mil metros quadrados.
Outro importante espaço de lazer do Sul da Ilha que ganhou recentemente obras de revitalização foi o Parque Municipal da Lagoa do Peri, cujas obras foram entregues às vésperas da temporada. Ao custo de R$ 280 mil, a unidade ganhou uma completa reforma de sua sede administrativa, novo portal de entrada e acesso para cadeirantes até a orla da lagoa, além de novas mesas e bancos espalhados ao longo do parque. (Foto: Milton Ostetto/Divulgação/JC)