17 de agosto de 2015

MORADORES do bairro ampliam mobilização pela criação de parque

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

O tombamento parcial do antigo campo de pouso do Campeche decretado pela Prefeitura da capital no segundo semestre do ano passado, para viabilização no local do sonhado Parque Cultural do Campeche, antiga aspiração da comunidade local, permanece no âmbito das promessas. A área de 114 mil metros quadrados reservada para o propalado parque, que integra uma gleba toFOTO PACUCA.ago15tal de 323 mil metros quadrados, que sediou o primeiro aeroporto da capital, permanece em estado de abandono e vem sendo depósito de lixo de todos os tipos.
O vice-presidente da Associação de Moradores do Campeche (Amocam), Ataíde Silva, garante que a comunidade segue mobilizada pela viabilização do parque, inclusive brigando pela incorporação da área remanescente, ainda não tombada. Pouco antes do tombamento, no ano passado, o Ministério Público Federal propôs ação civil pública em prol da preservação integral da área, que ainda abriga alguns resquícios da antiga estrutura de apoio à companhia francesa de aviação que utilizava o local nos anos 20 do século passado.
A Amocam pretende buscar apoio junto a entidades de arquitetura, conforme Silva, para desenvolver um concurso para elaboração de projeto do parque. “Queremos um parque que seja auto-sustentável, com o mínimo de edificações, que privilegie a cultura e as tradições”, assinalou. O dirigente informou que as entidades comunitárias locais estão articulando a realização, em outubro, de um grande evento na área tombada, que marcará uma nova fase na luta pela concretização do sonhado parque no Campeche.
Em janeiro deste ano, o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano e ex-presidente do IPUF, Dalmo Vieira, chegou a afirmar que projeto para viabilização do parque já estaria sendo elaborado por técnicos do município, mas o arquiteto se desligou da Prefeitura e não chegou ao conhecimento da comunidade qualquer avanço efetivo no projeto. Um grupo de ativistas locais tem se revezado na busca de documentos junto aos órgãos públicos sobre o campo, para embasar a luta pela concretização do parque.
(Foto: Milton Ostetto/Divulgação/Arquivo/JC)