7 de junho de 2016

PREFEITURA reafirma plano de concluir elevado até dezembro

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

O prefeito da capital, César Souza Júnior, foi literalmente a campo para garantir que o elevado do Rio Tavares, principal obra viária em execução atualmente no município, vai ser entregue ainda antes da próxima temporada, apesar da sequência de imprevistos que vem pondo em xeque a viabilidade da edificação. Em visita ao canteiro de obras no Rio Tavares em companhia de seu staff, no começo de maio, o prefeito prometeu que a obra será concluída em dezembro deste ano, num atraso de apenas dois meses em relação ao cronograma original.
A mais recente interrupção de quase um mês nos trabalhos, em decorrência de problemas técnicos no escoramento da concretagem dos pilares, garante Souza, será sublimada pela ampliação do ritmo das obras, com a incorporação de novos trabalhadores e, se necessário, até mesmo com aumento das escalas de trabalho. A obra, inclusive, foi uma das poucas que escapou de nova tesourada imposta pelo governo municipal nos investimentos, devido à alegada escassez de recursos.
No final de maio, a Prefeitura anunciou que já se encontrava em fase final de construção o terceiro dos nove vãos de estaqueamento de madeira que vão suportar o escoramento da estrutura do elevado. Em função dos custos, a opção se deu pela madeira ao invés do aço, que chegou a ser cogitado. Ao todo serão cravadas nada menos do que 900 estacas de eucalipto.
Com extensão de 220 metros, conectando a SC-405 à rodovia Antonio Luiz Moura Gonzaga, que liga o Rio Tavares à Lagoa da Conceição, o elevado será edificado sobre 12 pilares, cada um deles com capacidade para suportar até 230 toneladas. O custo total da obra é estimado em R$ 32 milhões, sendo R$ 15 milhões na execução das obras físicas e outros R$ 17 milhões para desapropriações.
Em paralelo, prosseguem as prospecções arqueológicas que investigam a existência de sambaquis no local e que, em caso de alguma eventual descoberta, pode até causar novos entraves a obra. “Felizmente, até agora só encontraram ossadas de cachorros”, brincou o engenheiro Américo Pescador, um dos fiscais da obra.
NOTA DA REDAÇÃO – Em telefone ao redator deste jornal, no dia 06/06, representantes da Geo-Arqueologia, empresa respFOTO ELEVADOonsável pelas prospecções arqueológicas na área do futuro elevado, contestaram a informação de Pescador. Segundo eles, teriam sido descobertos vestígios de um antigo cemitério no local, inclusive com a localização de valiosíssimos exemplares fossilizados de habitantes da região.
(Foto: Petra Mafalda/Divulgação/JC)

Sai acordo para ampliação de acesso ao aeroporto
Um acordo firmado entre o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e o governo estadual, no começo de maio, com intermediação da Justiça, botou finalmente um ponto final no impasse acerca do último trecho ainda pendente de obras no acesso ampliado ao futuro novo aeroporto da capital. Com pouco mais de 2,5 quilômetros de extensão, esse trecho abrange do Trevo de Carianos à Rodovia Aparício Ramos Cordeiro (Rodovia da Tapera), que liga à SC-405.
O acordo contempla a opção pleiteada pelo governo estadual, que implica em menor custo social e despesas com desapropriações. A execução deste trecho também é crucial para o próprio Sul da Ilha, porque abre uma nova opção de acesso à rodovia SC-405, através da SC-401 (rodovia Diomício Freitas), aliviando o tráfego entre o Elevado da Seta e o futuro elevado do Rio Tavares.
O presidente do Departamento de Infra-estrutura estadual (Deinfra), Wanderley Agostini, garante que o governo só aguarda o recebimento do termo homologatório de acordo judicial para lançar o edital da obra. “O governo tem pressa na execução desta obra”, garantiu. Os recursos para a obra já teriam inclusive sido repassados pelos agentes financiadores. O dirigente não quis antecipar custos e nem prazos para execução do novo trecho, mas garante que não é o mais demorado dos quatros lotes da obra.
Em relação aos outros três em andamento, Agostini afirma que prosseguem em ritmo normal, com cerca de 20% a 50% dos trabalhos executados. O cronograma do lote mais demorado, que prevê a pavimentação de um trecho de 3,5 quilômetros ao custo de R$ 23 milhões, fixa 720 dias para sua conclusão, o que remete seu término, na melhor das hipóteses para o final de 2017.