O prefeito de Florianópolis, Dário Berger, sancionou na primeira quinzena de maio a lei 7.036/06, que instituiu a espécie de orquídea Laelia Purpurata, conhecida popularmente como “Bainha de Faca”, como a flor-símbolo da capital. O projeto é de autoria do orquidófilo Marcelo Vieira Nascimento e foi encaminhado pelo vereador Ptolomeu Bittencourt (PFL). Nascimento explica que, até então, a cidade não contava com uma flor-símbolo. Era representada por uma árvore, o Garapuvu, e um pássaro, o Martin Pescador Verde. “A região de Florianópolis é rica em orquídeas, com mais de 250 espécies, algumas delas ainda nem catalogadas”, comenta. O orquidófilo conta que escolheu a “Bainha de Faca” (conhecida assim por seu formato) por uma questão histórica. Em 1847, um botânico inglês esteve de passagem por Florianópolis e coletou várias amostras de plantas. A Laelia Purpurata foi a que deu flor no horto botânico de Londres. “Essa flor tem uma ligação forte com Floripa, é originária daqui, todo mundo é apaixonado por sua beleza, tamanho e essência floral”. Trata-se também de uma das três espécias mais cultivadas na região, junto com a Cattleya Leopoldi, mais conhecida como “Leopoldão”, e a Cattleya Intermédia, popular “Orelha de Burro”, que já é símbolo de Tijucas. Segundo Nascimento, muitas das espécies existentes na Ilha têm valor apenas botânico, pois são muito pequenas ou não têm perfume. Foi aprovado também um projeto de lei para o repovoamento e preservação das orquídeas nas comunidades do interior da Ilha e também nas árvores existentes em áreas públicas do município. Em todo sábado de manhã, será escolhida uma árvore, praça ou escola para ter a purpurata plantada em seu terreno. Foi firmado também uma convênio entre a Associação Orquidófila de Florianópolis e a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) para criar uma festa nacional voltada a essa flor, a ser realizada entre os meses de novembro e dezembro, com participação de orquidários comerciais, cursos de cultivo e palestrantes sobre o tema. “Isso vai despertar interesse e também movimentar a economia”, prevê. (Foto: Divulgação/JC)
20 de junho de 2006