28 de julho de 2006

Projeto “Surfe Cidadão” no Campeche

O surfe hoje em dia passa longe da antiga imagem associada a jovens irresponsáveis e consolida-se cada vez mais como um esporte saudável, que envolve uma indústria poderosa e agora também como meio de ensinar cidadania. Essa é a proposta da escolinha de surfe Paz na Terra, que está desenvolvendo o projeto-piloto “Surfe Cidadão” em parceria com a Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, no Campeche. São atendidos atualmente pelo projeto 16 crianças e adolescentes carentes entre 10 e 15 anos, todos alunos da unidade municipal que, em contrapardida, fornece instalações e material. “Só abrimos 16 vagas por enquanto, mas mais de 70 alunos se inscreveram”, destaca o coordenador do projeto, Tarcísio Bastos Schaefer. Assim que o projeto estiver estabelecido e mostrando resultados, antecipa Schaefer, a intenção é buscar mais patrocinadores para ampliá-lo. O empreendedor explica que a escola tem vários objetivos. Inclui usar o surfe como ferramenta para ensinar não apenas um esporte, mas atividades econômicas, como a fabricação de pranchas e roupas para esse esporte, ocupando dessa forma o tempo livre dos jovens e desenvolvendo seu senso de cidadania. “O surfe hoje é uma indústria forte, então podemos mostrar a eles que trata-se de um meio de vida, uma alternativa”, defende. Schaefer lembra ainda que a região praticamente não conta com áreas de lazer e esporte, o que deixa essas crianças e adolescentes perigosamente ociosos no tempo livre. “A praça do Campeche é a praia, todo mundo vai lá”, comenta.