12 de setembro de 2006

Arena multiuso da capital não sai do papel em 2006

A futura arena multiuso de Florianópolis, considerada um projeto de grande importância para o desenvolvimento do turismo na capital fora da temporada, que deverá ser edificada no aterro da Via Expressa Sul, ainda deve permanecer somente no papel em 2006. O secretário municipal de Obras, Aurélio Remor, afirma que a obra só deve começar a ser construída no ano que vem. “É melhor, porque os dois primeiros anos da atual administração foram voltados para projetos da engenharia de base, coisas essenciais como a Operação Tapete Preto e a policlínica do Rio Tavares”, argumenta. Remor acredita que, a partir de 2007, haverá mais condições para obras de grande porte como a arena, que tem custo estimado em R$ 20 milhões e deve ser bancada através de parceria entre Prefeitura e o governo estadual. Remor esclarece ainda que não está 100% definido que a arena multiuso será construída no aterro da Via Expressa. Ainda está sendo discutida a possibilidade de instalá-la junto à Passarela Nego Querido, no centro da capital. Mesmo assim, o secretário de Obras acredita que o aterro da rodovia é o local mais indicado. “Além de sair do centro, serviria para ocupar uma área sub-aproveitada de 23 mil metros quadrados”, explica. Na parte central da cidade já funciona o centro de convenções CentroSul, que tem um objetivo semelhante ao da arena, de estimular o turismo de eventos e reduzir a sazonalidade da Ilha. O projeto da arena multiuso também precisou ser refeito. Segundo o secretário de Obras, a proposta inicial era muito semelhante à das arenas de Brusque e São José. “O prefeito pediu que fosse feito algo mais identificado com a Ilha, com um estilo mais agressivo, arrojado”, explica. O plano está sendo desenvolvido pelo ex-governador do Paraná, arquiteto e urbanista Jaime Lerner. A idéia atual é que a fachada tenha a forma de um anfiteatro e a arena seja um estádio coberto com formato arredondado. A capacidade de público ainda não está definida, mas deve ficar entre seis e oito mil pessoas sentadas. O local abrigará shows musicais, peças de teatro, jogos de basquete, futebol de salão e vôlei e eventos de grande porte em geral. Além disso, ao lado da arena está previsto um pavilhão de eventos para a realização de congressos internacionais. O projeto é defendido por entidades empresariais da cidade, como a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), como necessárias para diversificar o turismo local e movimentar a economia fora do verão.