23 de janeiro de 2007

Sinal vermelho para excessos na temporada

A pressa em adquirir um bronzeado rápido nessa época do ano, quando o calor aumenta de intensidade e potencializa os raios ultra-violeta, responsáveis pelo escurecimento característico da pele, pode ter conseqüências desastrosas para aquelas pessoas que não tiverem um mínimo de cuidado. Segundo dermatologistas, a exposição excessiva ao sol, especialmente no horário entre 10 e 16 horas, aumenta o risco de queimaduras, envelhecimento precoce e até mesmo a ocorrência do câncer de pele. Os cuidados com a exposição solar devem ser ainda maiores por parte das pessoas de pele mais clara, vítimas mais freqüentes do câncer de pele, embora a doença possa atingir pessoas de qualquer cor. Os grupos de maior risco, segundo os médicos, são aqueles de pele, olhos e cabelos claros, que normalmente se queimam e nunca se bronzeiam, incluindo ruivos, portadores de sardas e pessoas que possuem histórico de câncer de pele na família. Esse tipo de pessoa, por mais que se exponha ao sol, nunca fica morena e, no caso de excesso, tende a sofrer queimaduras. Pessoas da raça negra costumam ser mais resistentes ao câncer de pele, porém quando acontecem, os tumores normalmente são mais agressivos. As primeiras manifestações da doença são o aparecimento de manchas escuras na pele que, se não forem cuidadas, avançam e, num estágio mais avançado, viram feridas. O uso diário de protetor solar, mesmo em dias nublados, evitar o sol em horários inadequados, uso de óculos escuros, chapéus e camisetas, contribuem para garantir uma exposição saudável, alertam os médicos. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia apontam, contudo, que 70% dos brasileiros ainda não fazem o uso de protetor solar regularmente. As crianças, por sua vez, merecem um cuidado especial nessa época: bebês até seis meses não devem usar filtro solar e, portanto, devem ficar fora do sol. Crianças maiores precisam do sol, que contém vitamina D, mas o sol ideal para elas é no horário das 8h às 9 horas. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)