23 de janeiro de 2007

Sul da Ilha lidera ranking das praias mais limpas de Florianópolis

Apesar de possuir uma infra-estrutura urbana e de lazer menos avantajada e conseqüentemente vida noturna menos intensa, na comparação com tradicionais balneários do Norte da Ilha, as praias do Sul da Ilha vêm a cada ano conquistando a preferência dos turistas mais exigentes, que privilegiam a qualidade de vida em detrimento da badalação. Além de possuir uma natureza mais exuberante e predomínio de praias com águas límpidas e preservadas, a região costuma sofrer menos com os crônicos problemas de infra-estrutura que atingem a capital durante a temporada de veraneio, especialmente os congestionamentos e escassez de água potável. As recorrentes campanhas de conscientização propagadas pela mídia não têm sido suficientes para reverter o drama da poluição que avança em alguns balneários da capital, principalmente no Norte da Ilha, deixando diversos pontos em condições impróprias para o banho. Conforme os mais recentes relatórios de balneabilidade divulgados pela Fundação estadual de Meio-Ambiente (Fatma), com base em coletas regulares de amostras, mais de duas dezenas de pontos em balneários da Ilha de Santa Catarina possuem atualmente condições impróprias para o banho, a maioria no Norte da Ilha, onde se concentram as praias mais badaladas de Florianópolis. Praias como Brava, reduto de magnatas e emergentes no Norte da Ilha, Ingleses e Ponta das Canas, também na mesma região, possuem diversos pontos com condições de balneabilidade consideradas inadequadas. No Sul da Ilha, conforme a Fatma, o único ponto em que a qualidade da água é insatisfatória é a Foz do Rio Sangradouro, na Praia da Armação do Pântano do Sul. Todas os demais balneários da região, como Campeche, Morro das Pedras, Pântano do Sul, Açores, Solidão e Naufragados, no extremo-sul da Ilha, estão integralmente propícios para o banho de mar, de acordo com os levantamentos da Fatma. A entidade realiza pesquisas de balneabilidade há mais de 30 anos. Após a coleta de amostras de água do mar, são realizados exames bacteriológicos em laboratório, sendo necessárias cinco semanas seguidas de coleta para um resultado confiável. Técnicos da Fatma admitem que alguns pontos podem variar de uma semana para outra, mas existem pontos de poluição que são crônicos e permanecem iguais o ano todo. Segundo a Fatma, a água contaminada pode causar doenças como gastroenterite, verminoses e doenças de pele, ou até problemas mais graves, como a hepatite, cólera e febre tifóide. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)