Os empresários do setor turístico da capital comemoram os resultados da temporada 2007, surpreendentemente melhor do que as expectativas iniciais, com uma ocupação média de 79,5% nos hotéis da capital em janeiro e primeira semana de fevereiro, resultado 7,2% superior ao do verão passado, de acordo com o Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares. No Carnaval, o índice de ocupação nos hotéis da capital, conforme o sindicato, foi ainda maior, atingindo 90%. Com isso, a projeção é de que a média de ocupação em fevereiro tenha beirado os 70%, considerado um ótimo desempenho para o segundo mês do ano. O resultado da temporada é ainda mais auspicioso para os empresários do Sul da Ilha. A maioria fala não apenas em resultados entre 10% e 20% superiores sobre a temporada anterior, como vê a região se consolidando cada vez mais como uma consistente alternativa turística, depois de anos sendo considerada opção secundária na capital. “A Praia do Campeche será a bola da vez na Ilha nos próximos quatro a cinco anos”, prevê o proprietário do Natur Campeche, Talmir Duarte da Silva. “Escuto de muitos turistas estrangeiros que é a mais linda do mundo”, derrete-se o hoteleiro. Para ele, contribuiu para o bom desempenho da capital catarinense os atrasos nos vôos verificados nos principais aeroportos brasileiros. O proprietário do Hotel São Sebastião, também localizado no Campeche, Roberto Daniel de Souza Júnior, acredita que o movimento desta temporada foi cerca de 10% superior ao da anterior. O empresário desafina, no entanto, o coro dos contentes. Para ele, o público que tem vindo à capital está com um poder aquisitivo menor, o que impõe o achatamento dos preços. No seu estabelecimento, revela o dirigente, predominaram visitantes gaúchos, paranaenses e paulistas. Daniel concorda, por outro lado, que a crise nos aeroportos favoreceu o Sul. “Muita gente tinha inicialmente reservas para o Norte e Nordeste e veio para cá devido aos problemas nos aeroportos. O dono da Pousada Alémdomar, na Armação, Paulo José, diz que o verão bem melhor que o anterior e estima uma ocupação média em torno de 80%. “Houve uma queda em fevereiro, mas isso é normal, sempre acontece”, explica. “Achei que ia ser no máximo igual ao ano passado, até porque o dólar está muito favorável para viajar ao exterior”, analisa. Já o proprietário do Restaurante Odonne´s, no Pântano do Sul, Ivoy Silveira, acha que o movimento aumentou, “mas poderia ser um pouco melhor”. O comerciante comenta também que a maioria dos turistas está muito contida com os gastos, preferindo comida a quilo.