A realização de obras de elevação das pistas em trechos da rodovia SC-405, na Cachoeira do Rio Tavares, no Sul da Ilha, vem provocando o agravamento dos já crônicos problemas de congestionamento que atingem a região, especialmente nos horários de pico, pela manhã e finais de tarde. Por causa das obras, que obrigam à redução da velocidade do tráfego em direção ao centro da cidade, a maioria dos motoristas está gastando praticamente o dobro do tempo para cumprir o trajeto. As filas de carros, que antes costumavam começar a se formar nas imediações do Trevo do Rio Tavares, estão se formando cada vez mais distantes. Em alguns dias os engarrafamentos chegam a atingir extensão de até seis quilômetros. As obras, no entanto, não são as únicas causas dos congestionamentos, apenas deixam mais latente um problema já existente e que vem se agravando nos últimos anos. “Isso é conseqüência do acelerado crescimento populacional que atinge a região”, arrisca o presidente da Amocam, Adir Vigânigo. “E não estamos falando daquele crescimento vegetativo, de filhos de moradores que casam e constituem família, mas de um processo migratório, de novos moradores e empreendedores que aqui se estabelecem, gerando um aumento no fluxo de produtos, serviços e mão-de-obra”, complementa. Por se a região mais próxima do centro da cidade e ainda disponibilizar grandes áreas para instalações habitacionais, acredita Vigânigo, o Campeche e Sul da Ilha têm sido os preferidos dos novos moradores e até mesmo para residentes em outras áreas da cidade. A solução para o problema, no entanto, não é fácil. O dirigente acredita que o primeiro passo seria um planejamento de médio e longo prazo para a região. Como alternativas pontuais defende o alargamento de ruas e até a adoção de esquemas de rodízios para veículos, a exemplo do que acontece em São Paulo. “Não estamos longe de termos que adotar soluções drásticas para o problema”, finaliza. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)
2 de maio de 2007