A ampliação dos dias de coleta seletiva no Campeche e região, atualmente restrita a apenas um dia por semana, às sextas-feiras, bem como a inclusão de mais ruas no trajeto do caminhão da coleta seletiva da Companhia de Melhoramentos da capital (Comcap). Essa é uma das principais bandeiras do Movimento Campeche a Limpo (CAL), um dos mais conhecidos movimentos comunitários da região que, após praticamente dois anos paralisado, retomou suas atividades recentemente. Além da problemática específica do lixo, compõem o leque de envolvimento da CAL também a saúde pública e a preservação ambiental. As reuniões da CAL, abertas à participação da população local em geral, acontecem todas as quartas-feiras à noite, na Igreja São Sebastião. O movimento é integrado por profissionais liberais, comerciantes, estudantes e moradores locais. O engenheiro André Luiz Tagna, integrante do CAL, considera urgente a ampliação do serviço de coleta seletiva na região, para atender o crescente avanço na produção de resíduos, em decorrência do avanço populacional, bem como para estimular a separação do lixo doméstico nas residências. “As pessoas reclamam que precisam deixar esse lixo se acumular durante uma semana enquanto aguardam a coleta”, comenta. O engenheiro salienta que cresceu também a densidade de moradias em muitas ruas do bairro que, por isso, também deveriam ser contempladas com a coletiva seletiva. A questão dos catadores de artigos recicláveis é outra questão que preocupa a CAL. A entidade deseja saber quais os materiais que realmente interessam aos catadores e qual o destino que eles dão ao material não vendável. “Nossa idéia é vir a criar uma associação dos catadores do bairro, que ajudaria a melhorar a renda e também a qualidade do trabalho”, defende Tagna. (Foto: Luís Prates/Divulgação/Arquivo/JC)
18 de junho de 2007