A falta de segurança para os pedestres e motoristas nas rodovias estaduais que atravessam a Fazenda do Rio Tavares, responsável por diversas tragédias, será um dos principais problemas a serem abordados pelos novos representantes do Conselho Local de Saúde, que será eleito no dia 11 de agosto, durante a realização do Sábado da Saúde, tradicional evento que inclui ainda diversas atividades de saúde, recreativas e culturais. Segundo dados da Polícia Rodoviária, as três rodovias que atravessam o Sul da Ilha tiveram nada menos do que 440 acidentes entre janeiro e a primeira semana de julho deste ano, incluindo 31 feridos graves e duas mortes. Em todo o ano passado, foram 788 acidentes, 42 feridos graves e seis fatalidades. Segundo a organizadora do Sábado da Saúde e médica da unidade de saúde local, Aparecida de Cássia Rabecci, a comunidade tem feito um grande esforço para chamar a atenção das autoridades para a questão, sem obter resultados. Rabecci explica que a região tem uma grande carência de infra-estrutura adequada para dar maior segurança, principalmente aos pedestres. “Faltam mais calçadas, ciclovias, passarelas e redutores de velocidade”, afirma. O presidente Deinfra, responsável pela manutenção das rodovias estaduais, Romualdo de França, atribui o grande número de acidentes ao forte crescimento urbano da capital. O dirigente concorda que há necessidade de mais infra-estrutura de proteção aos pedestres, mas defende que o estado não pode cuidar da questão urbana do município. “É fundamental o envolvimento dos urbanistas municipais, para apresentarem as soluções técnicas dentro do que prevê o plano diretor”, diz. Segundo ele, o que o Deinfra tem feito é melhorar a condição das pistas de rolamento, ampliar sinalização de trânsito e reforçar o controle e fiscalização pela Polícia Rodoviária. No âmbito da saúde local ainda, a dirigente revela que o conselho planeja lutar para concluir o cadastramento e diagnóstico de todos os hipertensos e diabéticos do bairro. “Há muitas pessoas sofrendo desses males sem saber”, diz a conselheira. Ela lembra que várias metas determinadas pelo conselho estão sendo atingidas, como a realização de seis consultas médicas por gestante no posto local, assim como os índices de vacinação da população. O conselho, implantado em 2003, conta atualmente com 10 participantes, que trabalham junto à equipe do posto de saúde local e interagem com o Conselho Municipal de Saúde, verificando a situação atual, encaminhando reivindicações e sugestões relativas aos serviços de saúde e a questão da mobilidade urbana. O mandato dura dois anos. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)
27 de julho de 2007