27 de julho de 2007

Morador ganha espaço na administração de parque da Lagoa do Peri

A administração do Parque da Lagoa do Peri, que vinha atuando até então de forma isolada da comunidade local, deverá ganhar um caráter mais participativo e democrático com a formação de um conselho integrado por representantes de moradores da Lagoa do Peri, Armação do Pântano do Sul e Morro das Pedras. A criação do conselho foi determinada recentemente pelo Ministério Público estadual, com o objetivo de cumprir a lei que estabeleceu o Sistema Nacional Único de Conservações, que engloba todas as unidades de conservação do país. O gerente das unidades de conservação da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), Marcelo Ferreira, explica que está sendo feita uma série de reuniões desde junho para formação e eleição do conselho, que incluirá representantes de ONGs, Ibama, Fatma, UFSC, Udesc) e Casan, num total de 17 titulares e 17 suplentes. O conselho servirá para agilizar a busca de soluções para os problemas administrativos do parque e também engajar mais a população na defesa do meio-ambiente. Segundo ele, a maior dificuldade atualmente está no trabalho do dia-a-dia, como substituir plantas e árvores exóticas, como pinus, recolocar placas de sinalização e retirar o lixo depositado por moradores e turistas. Ferreira ressalta ainda que administrar as unidades de conservação inclui tarefas complexas como a elaboração de um plano de manejo, o qual prevê que toda a fauna e flora locais sejam catalogadas. Criado em 1982, o Parque da Lagoa do Peri é o maior parque municipal da capital, com área total de 24 quilômetros quadrados, com um espelho d´água de cinco quilômetros. Recebe, em média, cerca de cinco mil visitantes nos finais de semana durante a temporada. Para preservar o local, a administração conta com o apoio da Polícia Ambiental, que faz de uma a duas rondas por semana, além de cinco fiscais e apoio eventual dos 14 fiscais do Parque do Córrego Grande. (Foto: Luís Prates/Divulgação/Arquivo/JC)