27 de julho de 2007

Prefeito da capital sob “fogo cerrado”

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

Nem bem recuperado do desgaste político sofrido por conta da primeira fase da Operação Moeda Verde, detonada pela Polícia Federal no início de maio, que resultou na detenção e subseqüente afastamentos de diversos colaboradores de primeiro escalão de seu governo, o prefeito Dário Berger já enfrenta novas complicações. Veio a público, na primeira quinzena deste mês, suposto envolvimento do prefeito com negociações obscuras para elaboração de uma lei de benefícios fiscais para o setor de hotelaria da capital, que põe novamente em xeque a administração municipal. Gravações de conversas telefônicas feitas com autorização da Justiça e divulgadas na imprensa local revelam os meandros da negociação de bastidores para a aprovação de uma lei, envolvendo o prefeito, os vereadores cassados Marcílio Ávila e Juarez e o empresário Marcondes Matos, entre outros. A acusação que paira sobre Berger é de que teria sancionado a lei, que implica em ampla renúncia fiscal, em troca de vultosa ajuda do proprietário do Costão do Santinho para a campanha a deputado-federal de seu irmão, Djalma Berger. O prefeito, contudo, contesta com veemência as acusações. “Jamais recebi benefício do Costão do Santinho e meu irmão já declarou que também não recebeu”, declarou. Para Berger, as ilações entre os diálogos, que insinuam sua participação no esquema de troca de favores, teriam objetivos políticos, visando desgastar a imagem de seu governo e prejudicá-lo na tentativa de reeleição em 2008. O presidente da Câmara, Ptolomeu Bittencourt informou que a possível abertura de investigações sobre a conduta do prefeito será decidida após o dia 6 de agosto, quando termina o recesso parlamentar. (Foto: Mauro Vaz/Divulgação/Arquivo/JC)