27 de julho de 2007

Sul da Ilha mantém liderança na produção de moluscos em SC

A capital catarinense possui atualmente aproximadamente 130 produtores de moluscos, dos quais quase uma centena instalada no Sul da Ilha, que produziram juntos na safra do ano passado em torno de 1.615 toneladas de moluscos, o que corresponde a mais de 51% da produção de todo o estado. A produção da capital somada à do vizinho município de Palhoça, na Grande Florianópolis, por sua vez, corresponde a 90,9% da produção catarinense de moluscos. O parque aqüícola da capital, área ocupada por fazendas marinhas, abrangeria atualmente 176,7 hectares (1,76 milhão de metros quadrados), área ainda considerada irrisória em relação ao potencial da atividade. O consumo de moluscos, contudo, sofreu uma desacelerada desde a temporada passada, frustrando os produtores, que agora projetam uma recuperação gradual até o próximo verão. A vice-presidente da Cooperativa da Ilha (Cooperilha), Gioconda Rosito, atribui o declínio à proibição do consumo de ostras e mexilhões por cerca de uma semana, motivada pelo fenômeno da maré vermelha, ocorrida durante o verão. Mesmo depois do fim da proibição, conforme ela, o consumo não retornou aos níveis anteriores e, mesmo passados vários meses, muitos ainda perguntam se é seguro consumir ostras. O produtor Fábio Brognoli, da fazenda marinha Atlântico Sul, acha que a repercussão negativa do assunto na mídia também contribuiu para criar essa situação. “Falaram muito do assunto quando houve a proibição e quase nada quando foi retirada”, lamenta. Brognoli lembra que as ostras cultivadas pelos produtores locais não foram afetadas pela contaminação das algas, que prejudicou apenas os mexilhões, mas ambos os produtos acabaram proibidos. Os casos de pessoas contaminadas que precisaram de internação teriam ocorrido apenas em Laguna, Imbituba e Bombinhas. “Na minha fazenda fazemos análise da água quinzenalmente e verificamos se há presença de microalgas”, comenta. (Foto: Luís Prates/Divulgação/Arquivo/JC)