A Casan e o Ministério das Cidades deverão assinar em novembro o convênio relativo ao repasse dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que permitirá o início da licitação para as obras das Estações de Tratamento de Efluentes (EFEs) e redes coletoras de esgoto da Ilha, incluindo os bairros Campeche, Tapera, Ribeirão da Ilha e Pântano do Sul. Isso pelo menos é o que informa o gerente de Construção da Casan, Fábio Krieger. Antes disso, contudo, será necessário que o ministério analise uma farta documentação encaminhada pela Casan, que inclui cópias de projetos, orçamento e contrato de concessão, ente outros. Superada essa fase, e finalmente assinado contrato, explica Krieger, a Casan passa a ter obrigatoriamente que concluir a contratação da empresa executora dos trabalhos e dar início aos trabalhos propriamente ditos até fevereiro de 2008, sob pena de perder o crédito aos recursos federais. Acreditando que todos procedimentos sejam cumpridos e a obra iniciada, a previsão é de que fiquem prontas num prazo entre 24 e 36 meses, o que indica que as primeiras edificações não devem ficar prontas antes de 2010. Krieger esclarece que a Casan já tinha projetos para as estações dos bairros do Sul da Ilha desde 2003, embora eles ainda não tenham sido dados como concluídos e encaminhados ao ministério. Já haviam sido realizados inclusive debates e audiências públicas junto à comunidade, relativas a esses planos. O dirigente informa, contudo, que os projetos precisaram passar por uma revisão, devido principalmente à questão populacional. “Surgiram loteamentos novos em algumas regiões, além de parte das ruas ter recebido pavimentação; foi necessário rever o orçamento das obras para se adequar aos recursos que serão repassados pelo governo federal”, pondera Krieger. A Casan planeja investir um total de R$ 217 milhões em obras de água e esgotos nos municípios de Florianópolis, São José e Criciúma, envolvendo recursos federais, próprios e contrapartidas do município e estado. Os bairros do Sul da Ilha vão receber cerca de R$ 53,6 milhões. O maior valor irá para a estação de tratamento e rede do Campeche, que custará R$ 23,031 milhões; a do Pântano do Sul ficará em R$ 16,7 milhões; no Ribeirão da Ilha serão R$ 11,48 milhões; e R$ 2,53 milhões para a estação da Tapera. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)