Os representantes da comunidade da Planície do Campeche querem um sistema viário voltado para a circulação de pessoas e não apenas veículos, com acessibilidade para portadores de necessidades especiais e interligação ágil entre os bairros. O sistema foi o assunto da Terceira Oficina Temática relativa ao Plano Diretor Participativo da capital, discutido durante o Dia de Mobilização Comunitária, na segunda quinzena de setembro, promovido pelo Núcleo Distrital da Planície. Segundo o presidente da Associação dos Moradores (Amocam) e suplente do núcleo distrital, Ataíde da Silva, a comunidade não quer a denominada Avenida P-51 nas proximidades da orla marítima, como previsto no projeto original do IPUF, mas uma ciclovia e um calçadão que servirão ainda para delimitar as áreas de preservação permanente, como as de dunas e restinga. “Queremos evitar a verticalização que ocorreu em Balneário Camboriú”, argumenta. Outro ponto importante levantado nas dicussões foi a limitação do número de veículos circulando nas ruas. Foi discutida inclusiva a proposta de criar bolsões de estacionamento para as pessoas deixarem seus veículos e seguirem o resto do trajeto de ônibus e/ou metrô de superfície. “A idéia é evitar uma região com muitas avenidas”, pondera Ataíde. Também foi considerada consensual entre os moradores que participaram do debate que o Sul da Ilha tenha pontos de interligação entre as principais avenidas e bairros. “Os moradores precisam de um sistema circulatório interno ágil entre os bairros”. Além do debate comunitário, o evento contou ainda com uma mini-palestra realizada pelo IPUF, na qual foram apresentados conceitos gerais, condicionantes e implicações das definições a serem tomadas. Na segundas quinzena de outubro, o tema em debate é saneamento ambiental e, em novembro, será discutido macrozoneamento. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)
6 de novembro de 2007