A Eletrosul deu início, no começo de dezembro, à instalação de um cabo submarino de energia ligando o município de Palhoça, na Grande Florianópolis, ao Sul da Ilha de Santa Catarina, através da localidade de Ponta da Caiacangaçu, no Ribeirão da Ilha. O equipamento terá a função de linha de transmissão de energia elétrica entre uma futura subestação que será erguida em Biguaçu, na Grande Florianópolis, e a futura subestação Desterro, que será edificada na Fazenda do Rio Tavares, no Sul da Ilha. O objetivo da operação é ampliar a capacidade de suprimento de energia elétrica para a parte insular da capital. Após a conclusão do processo, de acordo com técnicos da Eletrosul, a capacidade de abastecimento de energia para a capital será praticamente duplicada, reduzindo os riscos de apagões que pairam sobre a cidade, especialmente durante a temporada de veraneio. Os trabalhos de instalação dos cabos, que envolvem até a participação de helicópteros, devem se estender por cerca de três meses. O custo total dos trabalhos, que abrangem ainda mais de 70 quilômetros de linhas de transmissão, será de R$ 172 milhões, de acordo com a empresa. Só os cabos submarinos, com tecnologia inédita na América Latina, vão custar R$ 27 milhões. O processo de instalação do cabo submarino foi deflagrado após dois anos de espera, por conta de dificuldades na liberação do licenciamento ambiental para a obra. Dirigentes da Eletrosul garantem, contudo, que a operação tem mínimo impacto ambiental. Caso não fosse adotado o sistema de cabo submarino, a interligação aérea exigiria a edificação de torres de transmissão com até 100 metros de altura, equivalentes a um prédio de 35 andares. A solenidade de início de instalação do cabo, no Ribeirão da Ilha, foi prestigiada pela presença do governador Luiz Henrique da Silveira. (Foto: Divulgação/JC)