26 de dezembro de 2007

Comunidade insiste em regras para meio-ambiente em novo plano diretor

Uma classificação ambiental mais rígida e protetora para o Rio Tavares e maior preservação das áreas de pântano que levam a água das chuvas para o mar e lençol freático estão entre as principais diretrizes que a comunidade do Sul da Ilha deverão defender em relação ao saneamento básico e abastecimento de água, dentro do processo de elaboração do Plano Diretor Participativo. O tema foi o alvo da oficina temática realizada recentemente na região. O suplente do Núcleo Distrital do Campeche e presidente da associação de moradores do bairro, Ataíde Silva, diz que na atualidade o rio recebe uma classificação do tipo 2, o que permitiria receber dejetos da rede de esgoto da Casan. “O nosso objetivo é fazer com que o rio passe a ser considerado de tipo 3, que significa uma água praticamente limpa”, diz. Silva acredita ainda que algumas das diretrizes já apontadas pela população em outras oficinas também deverão contribuir para a preservação e melhoria do abastecimento e esgotamento sanitário da região. Entre elas, está a de conter a verticalização da região nas proximidades da orla e a restrição ao crescimento descontrolado da população local. “A região tem capacidade para abastecer no máximo 140 mil pessoas”, defende. No início de dezembro foi realizada a segunda oficina temática relativa ao macrozoneamento e sistema viário. A representante titular do Núcleo Distrital do Campeche, Janice Tirelli, reforça que ainda não se pode considerar as proposições apresentadas como decisões, pois tudo que é discutido nas oficinas temáticas precisa ser referendado através de audiência pública, mas já se apresentam algumas tendências em relação à vontade da comunidade local. Entre elas, a rejeição à proposta do IPUF de construir uma grande avenida beira-mar na região. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)