Depois de completar seu segundo centenário de existência, em 2006, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lapa, no Ribeirão da Ilha, é uma das que está conseguindo recuperar seu patrimônio. Tombada como patrimônio histórico municipal e estadual, já sofreu uma recente reforma parcial e começou em meados de agosto uma segunda etapa de reforma. A sacristia do lado direito está passando por restauração do madeiramento e forro do telhado, graças ao apoio de uma rede de supermercados local. O coordenador do conselho pastoral, Zito Neto Fraga, que administra a igreja, não sabe até quando prosseguem as obras, mas antecipa que ainda faltará reformar a capela-mor e a outra sacristia, que por enquanto não tem recursos previstos. “É possível que a mesma empresa patrocine, mas ainda não está nada definido”, explica Zito. Quando a igreja começou a passar por reformas, no ano passado, vinha sofrendo uma série de problemas estruturais que chegaram a colocar em perigo a integridade física dos fiéis e visitantes. O teto e reboco corriam risco de desabar, as infiltrações eram constantes, a madeira estava apodrecendo e a Nossa Senhora da Lapa esteve a ponto de ser interditada. Graças a um termo de compensação entre IPUF, a Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (SUSP), Procuradoria do município e a Koerich Comércio e Construção S.A., a empresa comprometeu-se a realizar a recuperação da cobertura e da torre dos sinos, a um custo de R$ 51,5 mil, bancado totalmente com recursos da construtora. A Nossa Senhora da Lapa levou 40 anos para ser construída e foi inaugurada em fevereiro de 1806. É a matriz da paróquia, que reúne 19 comunidades do Sul da Ilha. “Além da reforma, precisamos de uma restauração dos desenhos que foram cobertos pela madeira, isso é um outro trabalho, bastante complexo”, explica Zito. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)