Angelo Poletto Mendes/Redação JC
Nem a chuva torrencial que castigou a cidade e levou à alteração de última hora do local do evento conseguiu ofuscar o momento histórico vivido por Florianópolis na tarde de 10/04. Com a presença do secretário nacional de Habitação Augusto Rabelo (representando o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho), do superintendente da CEF em Florianópolis, Rodrigo Medeiros, da secretária municipal de Habitação, Ivanna Tomasi, deputados e vereadores de diversos partidos e outras autoridades, o prefeito Topázio Neto assinou a ordem de serviço para a construção do primeiro empreendimento habitacional financiado pelo Programa Minha Casa Minha Vida da história da Ilha de Santa Catarina.
Localizado no Alto da Caieira, no Maciço do Morro da Cruz, o Complexo Caieira contempla a construção de seis blocos residenciais com quatro andares e oito unidades por andar, totalizando 184 apartamentos, inteiramente financiado pelo programa. O projeto prevê ainda oito unidades comerciais, salão de festas, quadra de esportes e parquinho infantil. O cronograma da obra estipula 18 meses para sua conclusão. ‘Estamos muito felizes em participar desse momento, que é sem dúvida um marco histórico para a cidade e que vem de encontro também a um dos pilares da nossa gestão’, afirmou a secretária municipal de Habitação, Ivanna Tomasi.
A secretária destacou, no entanto, que a Prefeitura da capital não será mera coadjuvante nesse processo. O empreendimento será edificado em terreno com mais de oito mil metros quadrados cedido pelo município, que foi o responsável também pela qualificação das famílias beneficiárias, todos moradores da autodenominada Ocupação Marielle Franco, após acordo de desocupação. ‘À Prefeitura caberá também contrapartida de cerca de R$ 4 milhões na execução de obras de infra-estrutura do entorno, ruas, praça, dragagem e muro de contenção’, assinalou.
Com muita desenvoltura em meio ao heterogêneo público, o prefeito Topázio exibiu a ordem de serviço para início das obras cercado por diversas autoridades e até beneficiários do programa, num congraçamento pluripartidário poucas vezes visto. Ivanna lembra que a última contratação do programa Minha Casa Minha Vida na capital se deu há cerca de 10 anos, para realocação de moradores da Ponta do Leal, na região continental. ‘Na Ilha, será a primeira edificação contemplada pelo programa’, destacou, avisando que a ideia do governo municipal é não parar por aí no que tange a ações para equacionar a questão habitacional.
‘Temos vários estudos em andamento para reassentamento de famílias também na Vila do Arvoredo, Vila Esperança e Morro do Horário, que poderão ser enquadradas no programa; e também iniciativas próprias do município em parceria com as construtoras’, ressaltou. O secretário nacional de Habitação, Augusto Rabelo, disse que o Governo Federal tem atualmente investido em Santa Catarina cerca de R$ 8 bilhões em habitação, para diversas faixas de renda. “Mas a gente quer mais; vivemos um momento histórico do Minha Casa, Minha Vida’, afirmou. (Foto: Allan Carvalho/PMF/Divulgação/JC)