14 de setembro de 2007

Moradores da região defendem restrição às edificações na orla

O Núcleo Distrital do Campeche deu mais um passo na obtenção da perspectiva comunitária para o futuro da região dentro do processo de elaboração do Plano Diretor Participativo. No segundo Seminário de Planejamento da Planície do Campeche, realizado na segunda quinzena de agosto, que abordou a questão do zoneamento da cidade, foram definidas novas postulações consensuais das comunidades locais para a confecção do futuro plano diretor, no que tange à região. As principais são a manutenção da limitação a dois pavimentos para todas as edificações situadas ao longo da orla, até a faixa de 800 a mil metros do oceano, bem como a definição desta área como de predominância residencial. “A idéia é permitir apenas comércio de pequeno porte, como padarias, e evitar estabelecimentos que causem barulho, como oficinas mecânicas ou casas noturnas”, explicou o primeiro suplente do núcleo distrital do Campeche, Ataíde da Silva. A organização do evento distribuiu mapas da região aos grupos de discussão de Areias, Morro das Pedras, Lagoa da Chica, Campeche Central, Castanheiras, Rio Tavares, Fazenda Rio Tavares, Cachoeira para que fizessem uma demarcação das áreas de acordo com a sua proposta de utilização, seja comercial ou residencial. Em relação ao gabarito das edificações, o dirigente disse que os participantes também defenderam a preservação do limite máximo de dois pavimentos. “Uma das nossas preocupações é evitar a verticalização, como aconteceu no bairro Saco Grande, que mudou o nome para João Paulo e o gabarito de repente mudou de uma limitação de no máximo dois andares para 12”, ponderou Ataíde, acrescentando que essa primeira delimitação ainda é superficial, pois haverá novo seminário neste mês para retomada do debate sobre a questão. O evento realizado em agosto incluiu também palestras a fim de esclarecer os presentes sobre o que é zoneamento, qual o zoneamento ambiental que está vigorando atualmente na Planície e qual o que foi proposto pelo Primeiro Seminário do Campeche, em 1997. As apresentações foram ministradas pelo técnico do IPUF Candido Bordeaux, que tem contribuido com os trabalhos junto ao Núcleo Distrital da Planície do Campeche; pela bióloga e ambientalista Tereza Barbosa e pelo sociólogo Fernando Ponte, ambos moradores do Campeche. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)