14 de setembro de 2007

Obra de rede de esgoto no Sul da Ilha deve começar em 2008

Os bairros Campeche, Tapera, Ribeirão da Ilha e Pântano do Sul deverão ter as obras das suas estações de tratamento de efluentes (EFEs) e redes coletoras de esgoto iniciadas no primeiro trimestre do próximo ano, graças aos recursos repassados pelo governo federal pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Isso pelo menos é o que prevê o diretor da Casan na Região Metropolitana, João da Bega Itamar da Silveira, estimando que as novas instalações estarão concluídas no prazo de 24 meses. Os contratos e acordos de cooperação entre União, governo e prefeituras para a liberação dos recursos do PAC, destinados às áreas de saneamento e urbanização em nove municípios catarinenses, foram assinados pelo presidente Lula da Silva e o governador Luiz Henrique da Silveira, na primeira quinzena de agosto. A Casan vai investir R$ 217 milhões em obras de água e esgotos nos municípios de Florianópolis, São José e Criciúma e os bairros do Sul da Ilha vão receber um total de cerca de R$ 53,6 milhões. João da Bega explica que os investimentos deverão ser feitos da seguinte maneira: a estação de tratamento e rede do Campeche custará R$ 23,031 milhões, dos quais R$ 5,76 milhões serão contrapartida da Casan e o restante virá do PAC; a estação e rede do Pântano do Sul ficará em R$ 16,7 milhões, sendo R$ 1,68 milhão da Casan; no Ribeirão da Ilha serão R$ 11,48 milhões, incluindo R$ 1,1 milhão de contrapartida da empresa; e R$ 2,53 milhões irão para a estação da Tapera, dos quais R$ 253 mil virão da Casan. O dirigente da Casan diz que os projetos estão próximos da conclusão e as licitações devem levar em torno de 60 dias, para então dar início às obras. “O tempo total até que as estações e redes estejam funcionando vai variar de acordo com cada projeto”, explica. O consultor do Ministério das Cidades para o setor de saneamento, o engenheiro-sanitarista Adir Vigânigo, informa que as licitações para as obras de saneamento contempladas pelo PAC precisam ser lançadas até fevereiro do próximo ano, sob pena dos recursos serem direcionados para outras regiões. Segundo Vigãnigo, os projetos das estações de saneamento e das redes coletoras já existiria desde 2002. “Esses projetos foram elaborados pela Engevix ainda em 2002, após diversas reunões com as comunidades; o que deve estar acontecendo é uma atualização das planilhas orçamentárias”, Além de estar elaborando os projetos para o tratamento dos principais bairros do Sul da Ilha, a Casan já realizou cerca de 80% das obras da nova rede coletora de esgoto da Costeira do Pirajubaé, que deverá somar oito mil metros e mil ligações domiciliares, com previsão de conclusão até novembro deste ano. Além das redes, o projeto inclui quatro estações elevatórias e estações de bombeamento. Ainda faltam ser concluídas duas elevatórias e 200 metros de rede. Quando concluído, o sistema deverá ter uma vazão de 60 litros por segundo.A obra é resultado de uma ação civil pública movida em 2000 junto ao Ministério Público Federal, que exigiu a construção do esgoto sanitário como medida compensatório ao o aterro feito no Saco dos Limões como parte da construção da Via Expressa Sul. (Foto: Luís Prates/Divulgação/JC)