26 de março de 2014

Os crimes da Dinamarca: depois de girafa, zôo mata família de leões

Pouco mais de um mês após matar a girafa Marius, o Zoológico de Copenhagen, na Dinamarca, tirou a vida de mais quatro animais: dois filhotes e dois leões adultos. Todos, assim como Marius, em saúde perfeita.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a medida foi tomada para poupar sofrimento dos animais. Segundo o zoológico, os quatro eram os leões mais fracos, e não conseguiriam se defender de um novo leão, feroz e de comportamento agressivo, que chegou na segunda-feira (24) no local. “Eles seriam atacados pelo leão na primeira oportunidade e não resistiriam aos ferimentos”, justifica o Zoológico de Copenhagen. “Esse é um tipo de comportamento que faz parte da natureza dos leões.”

Os veterinários pretendem fazer com que o leão, de aproximadamente 130 quilos, cruze com as duas leoas do zoo, que chegaram, recentemente, à fase ideal para procriação. “Estamos orgulhosos de ser um dos poucos zoológicos do mundo a criar sua própria ninhada de leões”, afirma Steffen Straede, um dos diretores do zoo.

O zoo afirmou que, apesar das tentativas, não conseguiu encontrar um novo lar para a família de leões. A eutanásia dos quatro animais foi realizada na segunda-feira (24), horas antes de o novo leão ser alocado junto com as leoas. Diferentemente de Marius, os quatro leões não foram dissecados na frente dos visitantes do zoo. Os quatro animais pertenciam à mesma famíla.Dinamarca_denmark_zoo_kills_gir_r

Há mais de um mês, a girafa Marius teve o mesmo destino dos leões. Sua morte foi internacionalmente repercutida. O animal fora morto e dissecado na frente dos visitantes – inclusive, muitas crianças. Na época, parte da imprensa e ativistas dos direitos dos animais criticaram a conduta do zoológico e disseram que não havia justificativas plausíveis para cometer a eutanásia. No caso de Marius, os veterinários argumentaram que ele deveria morrer porque corria o risco de cruzar com parentes próximos. Assim como no caso dos quatro leões, o zoológico afirmou que não havia espaço físico para alocar o animal. Nos dois casos, matar os animais foi uma solução mais fácil e rápida do que encontrar um novo lar para eles.