16 de outubro de 2008

ARTIGO: Violência animal, reflexo na vida

Falar de amor aos animais é o mesmo que falar de amor à vida. E o direito a ela não é exclusividade humana. Há estudos relacionando a violência contra animais com a violência mais tarde, ou paralelamente, cometida contra humanos, sejam estes crianças, adultos ou idosos. A maioria esmagadora dos mais famosos assassinos em série começou sua ‘carreira’ macabra cometendo violência contra animais. Segundo dados do FBI (polícia federal dos Estados Unidos) 80% dos assassinos em série começaram seus crimes torturando animais. Para não irmos longe, você lembra do caso da cadela Preta, arrastada prenha pelas ruas de Pelotas amarrada a um carro? Dois anos depois, em 2007 acompanhamos, estarrecidos, o menino João Hélio sofrer a mesma morte. Este ano, novos casos iguais. E quem não sofreu com o assassinato da menina Isabella, jogada do 6º andar de um prédio em março último? Poucos sabem que na mesma época uma cachorra poodle foi jogada do 7º andar por um ex-marido ciumento. Em um mundo cada vez mais consciente da responsabilidade humana para com a Natureza, crimes contra animais demonstram o quanto ainda há a ser feito em termos de educação e conscientização do valor da vida, seja qual for sua manifestação. Citando um artigo da PETA (ONG Norte-Americana): Muitos assassinos em série começaram matando animais. Pesquisas norte-americanas mostram que a crueldade animal pode ser sintoma de uma mente doentia. (…) Entretanto, mais assustadores ainda são os recentes tiroteios em diversos colégios dos Estados Unidos. Todos eles têm algo em comum: os adolescentes criminosos já se haviam destacado anteriormente por atos de violência contra animais. Encarregados da Proteção aos Animais estão cientes desta tendência. (…) Segundo Ally Walker, “o abuso contra animais é um crime a ser levado a sério com conseqüências graves para todos”. Abandono e maus-tratos a animais são crimes previstos na lei Federal nº9.605/98, na lei Estadual nº12854/03 e na lei Municipal complementar 094/2001. Denuncie na delegacia civil mais próxima e, se enfrentar resistência por parte dos policiais, anote seus nomes e faça denúncia à Ouvidoria do órgão. E como violência gera violência, aos assassinos são poucas as pessoas que conseguem oferecer perdão, a maioria só consegue desejar que, no mínimo, lhes aconteça o mesmo que fizeram com suas vítimas… (Ana Corina, autora do blog www.maedecachorro.com.br)