20 de maio de 2013

BICHOS & CIA: O cão idoso

Seu cão se cansa com facilidade, passa a maior parte do dia dormindo, apresenta um comportamento às vezes ranzinza, não gosta mais de brincar, fica latindo sem razão, tem dificuldades de pular ou subir em locais não muito altos, como o sofá, por exemplo? Fique atento, pois ele pode estar entrando na terceira idade. Como se sabe, os cães vivem relativamente pouco, em média 12 anos. A partir dos oito anos já começam a envelhecer. Raças pequenas vivem mais, envelhecem mais tarde. Raças grandes ou gigantes vivem menos, podem ser consideradas velhas a partir de seis a oito anos de idade. A relação entre o homem e o cão deve ser como um casamento: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na juventude e na velhice. O mínimo que o proprietário pode fazer pelo seu cão para retribuir todo o seu companheirismo e fidelidade é ampará-lo na velhice. É triste ver proprietários que às vezes levam seus cães para serem sacrificados simplesmente porque eles estão velhos e não conseguem mais vigiar suas casas ou porque estão doentes e vão necessitar de cuidados prolongados. É importante ficar atento ao comportamento do seu cão, para que as principais afecções dessa faixa etária sejam detectadas no início. Essa medida facilita o tratamento, melhora o prognóstico e prolonga a vida do animal. Entre as doenças mais comuns que acometem cães idosos podemos citar: 1) Lesões ósseas e de coluna (hérnia de disco, bico de papagaio, artroses): o animal com alguma dessas enfermidades começa a mancar, tem dificuldade para subir em escadas ou sofá, sente dor a palpação da região afetada. Caso não seja tratado pode evoluir para falta de coordenação motora, bambeza nas patas, dificuldade para se levantar e paralisia. 2) Piometra: é uma infecção do útero que acomete principalmente cadelas idosas. O útero fica repleto de secreção purulenta e o animal se intoxica pela absorção desse pus. Os sintomas são perda de apetite, vômito, corrimento vaginal intenso e prostração. Na maioria das vezes o tratamento é cirúrgico. 3) Doenças do coração: um grande número de cães idosos apresenta algum grau de alteração cardíaca. Felizmente muitos compensam essas disfunções e vivem sem sinais clínicos ou problemas graves. O proprietário deve estar atento a sinais como cansaço além do normal e tosses. 4) Insuficiência Renal: os rins são responsáveis pela filtração do sangue. Durante toda a vida do animal ele vai sendo lesado, perdendo células (nefrons). Quando mais de dois terços das células estão lesadas o animal pode manifestar sinais de insuficiência renal, que são: emagrecimento, ingestão exagerada de água, urina em grande quantidade, vômitos, perda de apetite, etc. Quanto antes seja feito o diagnóstico, maior será sua sobrevida.. 5) Catarata: o cristalino vai se tornando opaco e o animal perde a visão gradativamente. O proprietário poderá identificar mancha esbranquiçada no fundo do olho. O tratamento na maioria das vezes é cirúrgico. 6) Afecções oncológicas: é comum no cão idoso o aparecimento de nódulos, tumores. Nem todo tumor é um câncer, a maioria deles são tumores benignos. Sempre que notar nódulos no seu animal, leve-o ao seu veterinário para verificar se é possível e necessário realizar uma cirurgia. Como medidas preventivas, é bom fazer caminhadas com o animal, alimentá-lo somente com rações apropriadas, evitar comida caseira, principalmente alimentos gordurosos. Cuidado com remédios, evite a automedicação, já que nesta fase o organismo do animal é mais sensível. Sempre que possível leve o seu animal pelo menos duas vezes ao ano ao veterinário para fazer um check up. Entretanto, o principal é nunca se esquecer que o carinho e a paciência nesta fase deverão ser redobrados e são fundamentais para prolongar a vida de seu ‘amigo’. (Fonte: www.romuledgard.com.br) (Foto: Divulgação/JC)